Tendo identificado os direitos de autor como ponto fraco do Google, a Microsoft ataca acusando o motor de pesquisa de se aproveitar de conteúdos de terceiros para enriquecer. A multinacional de Bill Gates parece ter encontrado o "calcanhar de Aquiles" do Google - os direitos de autor - e não perdeu a oportunidade de atacar a concorrência. Assim, acusa o gigante de Silicon Valley de estar a lucrar com conteúdos alheios.
Num discurso preparado para enviar para a Association of American Publishers (AAP), Tom Rubin, advogado da Microsoft, responsável pelas questões de direitos de autor e propriedade intelectual, defende que a leitura que os responsáveis do Google estão a fazer do assunto é incorrecta e que esta atitude se tem estendido a materiais de vídeo difundidos no YouTube.
"Empresas que não criam os seus próprios conteúdos, e fazem dinheiro apenas com base no material de outros, estão a conseguir milhões em receitas publicitárias e IPO's", vaticina.
O causídico avisa ainda que as intenções do Google de oferecer páginas digitalizadas de livros protegidos irá prejudicar editoras e autores.
De referir que quer a Microsoft quer o Google estão a disponibilizar obras literárias e académicas através da web, embora estejam a adoptar estratégias diferentes.
A empresa de Bill Gates tem vindo a digitalizar livros cujos direitos de autor já expiraram e outros mediante autorização das editoras.
Já o gigante da web, que detém o Google Book Search, tem-no feito de uma forma bastante mais arbitrária.
"O Google tem adoptado a posição de que tudo pode ser copiado livremente, a menos que o proprietário dos direitos de autor os notifique e lhes peça expressamente para pararem" de difundir essa informação, garante o causídico, citado pela Reuters.
"Qualquer pessoa que visite o YouTube, adquirido pelo Google em 2006, irá imediatamente reconhecer que estão a seguir aí uma política semelhante em relação ao copyright ", afirma ainda Rubin.
De sublinhar que estas pressões surgem numa altura em que o portal enfrenta vários processos judiciais, entre os quais os movidos por cinco editoras, devido à forma como tem usado livros, vídeos e notícias nos seus sites.
Muitas destas empresas argumentam que são esses conteúdos que lhes permitem obter receitas publicitárias e reclamam por isso uma fatia mais generosa dos lucros.
Fonte: Ciberia
A minha opinião sobre a notícia:
A ser verdade, a Google não está a respeitar os direitos de autor, só respeitando quando recebe o pedido por parte do autor.
No Youtube, continuam a existir milhares de vídeos ilegais, e o Google não está a fazer nada de visível para isso deixar de acontecer.
Quem me conhece sabe que não sou nenhum defensor da Microsoft, simplesmente uso os seus produtos, e, apesar do que dizem os seus detractores, eles funcionam bem, pelo menos eu não tenho razões de queixa.
A verdade é que neste assunto em concreto, se a Microsoft estivesse a usar o método do Google já tinha sido severamente criticada e se calhar já tinha uma quantidade enorme de processos em cima.
Em relação ao Youtube a mesma coisa, se o Youtube pertencesse à Microsoft, de certeza que já estava a responder em tribunal a não sei quantos processos.
Não estou a defender a Microsoft, mas acho mal as pessoas não terem terem a mesma atitude, quando a Microsoft faz algo mal caí-lhe tudo em cima, agora as outras parece que podem fazer o que lhes apetece, ninguém se importa com isso.